As nossas investigadoras Alexandra Teodósio e Vânia Baptista participaram neste estudo que foi recentemente publicado na revista Scientific Reports.

Uma investigação que surgiu com a colaboração de uma tese de mestrado
Foi através da Tese de Mestrado de Morgane Dromby, da Universidade do Algarve, que surgiu a oportunidade de se estudar a aplicabilidade do uso de ácidos nucléicos para aprofundar-se os conhecimentos sobre os traços ecofisiológicos de duas espécies de mamíferos marinhos. Este trabalho resultou de uma colaboração, orientada pelo Filipe Alves do Observatório Oceânico da Madeira (OOM), em parceria com investigadores de outras instituições tanto nacionais como internacionais.

Compreender a ecofisiologia dos grandes predadores marinhos de alta mobilidade
Primeiro, é importante perceber a fisiologia de um organismo em função do ambiente que habita e dos fatores que contribuem para a sua variabilidade. Mas porquê? Porque permite avaliar os impactos relacionados com as pressões antropogénicas e ecológicas, essenciais num mundo em constante mudança.

A utilização de índices derivados dos ácidos nucléicos, tais como o ADN e o RNA, que contribuem para a avaliaçaõ e compreensão desses fatores é comum em muitas espécies marinhas, mas raro em grandes predadores altamente móveis. Neste estudo, testamos a aplicabilidade da utilização desses indicadores bioquímicos para fornecer informações sobre as características das condições de duas espécies de mamíferos marinhos: o golfinho roaz-corvineiro comum e a baleia piloto de barbatanas curtas. Esta investigação revelou que os indivíduos analisados estavam em boas condições ecofisiológicas, o que indica que a região estudada, a Macaronésia, poderá ser considerada um habitat adequado.

Abrir portas para novos estudos
A combinação desta ferramenta eficaz aliada à genética sexual e identificação fotográfica, proporcionou uma visão geral da saúde do ecossistema. Apesar de algumas limitações e de ser uma primeira abordagem, esta  ferramenta pode ser utilizada noutros predadores e ecossitemas de topo.

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