CCMAR integra projeto estratégico europeu para o combate à COVID-19
O Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR-Algarve) da Universidade do Algarve é um dos parceiros do projeto ISIDORe – “Integrated Services for Infectious Disease Outbreak Research”, o qual irá elevar a capacidade europeia a nível de serviços de investigação dedicados ao estudo de doenças infeciosas, com destaque para a COVID-19. O ISIDORe é um dos projetos estratégicos financiados pela Comissão Europeia para implementar o seu plano de preparação no domínio da biodefesa contra as variantes da COVID-19, designado por “Incubadora HERA”.
O projeto ISIDORe junta mais de 150 instituições científicas de 31 países que se comprometem a disponibilizar parte da sua capacidade científica e tecnológica para que os cientistas possam aceder aos equipamentos e recursos necessários para o avanço da investigação acerca das variantes do vírus SARS-CoV-2 e outros agentes infeciosos com impacto para a saúde pública. Com um financiamento de cerca de 21 milhões de euros atribuídos pela Comissão Europeia, o projeto será liderado pela European Research Infrastructure on Highly pathogenic Agents (ERINHA) e contará com o CCMAR-Algarve como um dos seus 154 parceiros.
Deborah Power, investigadora do CCMAR e professora da Universidade do Algarve, explica que “com uma equipa altamente especializada e várias plataformas tecnológicas com equipamentos científicos de ultra-precisão, o CCMAR-Algarve vai contribuir para o projeto ISIDORe disponibilizando serviços inovadores e de elevada qualidade. Estes serviços vão permitir identificar e caracterizar agentes infeciosos, assim como desenvolver novas abordagens para vacinação e modelos terapêuticos provenientes de organismos marinhos.”
A presente pandemia de COVID-19 tem vindo a mostrar a extrema importância de uma resposta rápida e diversificada por parte da comunidade científica, para que a sociedade possa lidar com estes desafios. Deborah Power salienta ainda que “para além do desafio atual que a COVID-19 representa, prevê-se que as alterações climáticas venham trazer futuros desafios como o vírus Zika, SARS, Ebola e novos agentes infeciosos. Desta forma, é de extrema importância implementar projetos como o ISIDORe, para que os serviços científicos do CCMAR e dos restantes parceiros sejam rapidamente disponibilizados para a comunidade científica, permitindo assim lidar com as novas variantes do vírus que aparecem e com o desafio de produzir vacinas em grande escala”. O projeto ISIDORe arranca este mês, e será implementado ao longo de 3 anos.