As doenças de origem alimentar relacionadas com a ingestão de bivalves (ostras, vieiras, amêijoas, mexilhões, etc.) contaminados são um problema de saúde pública comum e preocupante em África. Como os bivalves funcionam como filtros da água, quando crescem em águas contaminadas acumulam toxinas e bactérias patogénicas que podem provocar doenças graves quando consumidos. Estas doenças e intoxicações acontecem porque quando as espécies são capturadas diretamente do oceano, não são tomadas medidas adequadas de segurança e controlo de qualidade. 

A maricultura de bivalves (aquacultura em água salgada) contribui para melhorar a segurança alimentar e tem um baixo impacto ambiental, mas em África esta atividade ainda é pouco explorada devido à falta de investimento/conhecimento. Para abordar estas questões, o Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR-Algarve) trabalha em parceria com a Universidade de Namibe no novo projeto de investigação HealthyBi4Namibe, financiado pela rede Aga-Khan para o desenvolvimento (AKDN) e a FCT. O projeto pretende identificar quais as potenciais ameaças ambientais sobre os bivalves marinhos, como agentes patogénicos, toxinas ou poluentes ambientais, e desenvolver ferramentas tecnológicas para melhorar a segurança alimentar e reduzir os riscos sanitários para o consumo de bivalves em Angola.

O projeto começou no início de 2022, tendo a primeira reunião decorrido no dia 20 de janeiro via zoom, onde se discutiu o planeamento das atividades e investigação do projeto. Saiba mais AQUI.