Açores funcionam como refúgio de laminárias
O Journal of Biogeography publicou na semana passada, um estudo recente que apresenta resultados importantes relativamente às laminárias dos Açores. Jorge Assis, investigador do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) é o primeiro autor deste estudo, no qual são analisados os níveis de diversidade genética da espécie Laminaria ochroleuca ao longo de toda a sua área de distribuição. O artigo revela evidencia o elevado grau de diversidade e originalidade da população açoriana da espécie.
O Centro Okeanos e o Centro de IMAR da Universidade dos Açores, são parceiros no projeto que deu origem a este artigo, o MARFOR. O projeto, coordenado pelo CCMAR, tem como objetivo estudar a variabilidade funcional e dinâmica de respostas das florestas marinhas às alterações climáticas.
De acordo com o IMAR, os resultados publicados sugerem uma considerável antiguidade e um período de isolamento relativamente longo da mesma. A elevada diversidade genética encontrada nos Açores sugere ainda a ausência de estrangulamentos populacionais (“bottlenecks”) importantes, realçando o papel do arquipélago como refúgio estável e favorável à espécie mesmo durante os períodos glaciares.
31.08.2018