Cientistas salvam corais após tempestades e pedem a sua ajuda | - CCMAR -
 

Cientistas salvam corais após tempestades e pedem a sua ajuda

 

As tempestades das últimas semanas arrancaram das rochas uma abundante quantidade de corais gorgónias, que depois de arrancadas têm dado à costa, em particular na zona da praia de Santa Eulália, em Albufeira.

Estas espécies animais, na sua maioria Leptogorgia sarmentosa e Leptogorgia lusitanica foram recolhidas ainda vivas e estão a ser mantidas e alimentadas em condições controladas na estação de Biologia Marinha do Ramalhete (CCMAR-Universidade do Algarve). Para além destas espécies, os investigadores recuperaram também alguns exemplares de Eunicella verrucosa, uma gorgónia também conhecida pelos pescadores como espelho ou ramo.

Os corais encontrados são de vários tamanhos, estimando os cientistas que alguns deles terão inclusivamente dezenas de anos.

Estes corais são extremamente importantes para as outras espécies pois dada a sua estrutura vertical e ramificada funcionam como as árvores numa floresta, em que a sua forma tridimensional altera o ambiente físico (ex. as correntes marinhas) criando assim condições favoráveis para outras espécies.

Além de funcionarem como habitat, também servem como zonas de nidificação para diversos organismos, incluindo espécies de elevado valor económico, como por exemplo o choco. 

Os cientistas estão a recolher a informação sobre os locais onde as gorgónias surgiram, de forma a poder documentar este evento de elevada destruição dos corais pelas tempestades assim como para posteriores estudos de monitorização.

Existe uma plataforma ativa online, onde os cidadãos são convidados a dar o seu contributo para a monitorização de florestas marinhas de algas e plantas marinhas, assinalando os locais onde estas são avistadas, disponível em http://marineforests.com.

Agora os cientistas decidiram alargar a recolha de dados a “florestas” animais, incluindo gorgónias. Participe, colocando neste site as suas fotos dos corais e outros seres marinhos que encontra dentro de água ou na maré baixa, ou ainda mesmo os arrojados para a praia fora de água.

Este fenómeno não é inédito, no início do mês de Março, a praia de Faro foi também “invadida” de estrelas do mar, que ali chegaram empurradas pela tempestade.  Também se avistaram muitos organismos gelatinosos: as duas espécies mais avistadas neste caso foram a caravela portuguesa (Physalia physalis) e o hidrozoário Velela velella, assinalaram os investigadores.

O apelo imediato dos cientistas, é para que as pessoas que assistam a episódios semelhantes, coloquem fotos no site marineforests.com. 

Basta uma foto, a data e a localização.

Podem ainda contactar-nos ou enviar  relatos, para o e-mail: infoccmar@ualg.pt.

 

Faro, 26 de Março de 2018

 

 

Para mais informações contactar:

 

 

Departamento de Comunicação

Andreia Pinto

Email: aspinto@ualg.pt | Tlf: +351 289 800 050 | Tlm: 913794995

 

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