E que tal uns mexilhões de Angola?
Contribuir para estudar as ameaças e possíveis contaminações dos bivalves no Namibe, no sul de Angola foi a razão para a viagem dos nossos investigadores Adelino Canário e João Cardoso aquele país.
O projeto parceiro da Universidade do Namibe inclui o intercâmbio de pessoal entre as duas instituições para estimular o desenvolvimento de capacidades através de formação e partilha de conhecimentos.
Porque fomos a Angola?
Fomos a Namibe, uma província do Sul de Angola, para uma viagem de campo no contexto do projeto HeathyBi4Namibe para recolher amostras de bivalves de diferentes zonas costeiras. O objetivo é fornecer uma visão geral das potenciais ameaças que afetam a qualidade dos bivalves e a segurança alimentar para o consumo humano.
A intoxicação alimentar por ingestão de bivalves crus mal cozinhados é muito comum e um grande problema de saúde pública porque a maioria dos bivalves consumidos provém diretamente do ambiente e a monitorização adequada da qualidade dos mariscos é inexistente. O nosso propósito é criar oportunidades para o desenvolvimento sustentável da aquicultura de bivalve e estimular a economia e os empregos locais.
Visitámos várias zonas costeiras, mercados e empresas para recolher mexilhões para análise
Durante a nossa visita de 15 dias, visitámos várias zonas costeiras, mercados e empresas para recolher mexilhões para análise.
Namibe é um deserto costeiro e um dos mais antigos, com as regiões mais secas do mundo. Possui várias espécies invulgares de plantas e animais, sendo a Welwitschia mirabilis, uma das plantas endémicas mais conhecidas. Na nossa viagem a Tombwa tivemos a oportunidade de ver esta famosa planta.
Intercâmbio de pessoal
Esta foi a primeira visita do CCMAR à nossa instituição parceira, a Universidade do Namibe (UNINBE), no âmbito do projeto HeathyBi4Namibe. No entanto, está planeado o intercâmbio de pessoal entre as duas instituições para estimular o desenvolvimento de capacidades através de formação e intercâmbio de conhecimentos.