Os nossos investigadores João Cardoso, Adelino Canário e Inês Leal foram ao Namibe, em Angola, para estudarem as ameaças e possíveis contaminações dos bivalves dessa região.

Aqui está o "postal que nos enviaram":

Porque fomos a Angola? 
Fomos a Namibe, uma província do Sul de Angola, para realizar a segunda visita de campo do projeto HeathyBi4Namibe. Este projeto procura caracterizar as potenciais ameaças à qualidade e segurança dos bivalves para consumo humano nesta região, onde a insegurança alimentar é elevada. Os bivalves são uma fonte rica e sustentável de nutrientes para as populações mas, se forem recolhidos em zonas contaminadas/poluídas, são os principais causadores de intoxicações alimentares. Em Angola, a maioria dos bivalves consumidos provém diretamente do ambiente, não existindo um controlo adequado de segurança alimentar, o que aumenta o risco de intoxicação. O nosso objetivo é que, no futuro, o projeto crie oportunidades para o desenvolvimento sustentável da cultura marinha de bivalves na região, aumentando assim a qualidade e a segurança alimentar e estimulando a economia e o emprego locais.
 

Quais foram os pontos altos desta viagem?
Durante a nossa segunda visita iniciámos, pela primeira vez na Universidade do Namibe (UNINBE), protocolos clássicos de microbiologia que são usados para a avaliação da segurança alimentar, e demos início à implementação do Laboratório de Microbiologia Alimentar nas instalações. A longo prazo, estas ações irão fornecer à UNINBE as ferramentas necessárias para se estabelecer nesta área de investigação, utilizando o conhecimento para fornecer serviços de qualidade e segurança alimentar à indústria local, que são inexistentes nesta província. Além disso, tivemos a oportunidade de ir a duas escolas locais e ter contacto direto com os alunos do ensino básico e secundário, onde falámos sobre o nosso projeto. Estes estudantes ficaram muito entusiasmados e felizes por nos receberem.
 

Criação de oportunidades e fomentar colaborações.
No âmbito do projeto HeathyBi4Namibe, está previsto o intercâmbio de especialistas do CCMAR, a fim de reforçar das capacidades da UNINBE. Pretendemos atingir este objetivo através da realização de ações de formação e da troca de conhecimentos.