Investigadores do CCMAR no caminho da regeneração e formação óssea
O estudo recentemente publicado por investigadores do Centro de Ciências do Mar (CCMAR), foca-se na identificação e teste de moléculas ou compostos que potenciam a regeneração e aumentam a taxa de formação óssea. O trabalho foi desenvolvido em peixes-zebra, uma espécie que já provou ser capaz de regenerar completamente a barbatana após amputação, num espaço de apenas duas semanas. Esta barbatana é composta por vários componentes/tecidos, entre os quais um esqueleto, composto por raios ósseos. Durante a regeneração o que acontece é o restabelecimento completo dos tecidos, incluindo a formação de osso novo.
João Cardeira, do grupo BIOSKEL, do CCMAR, é um dos autores do artigo e explica que este estudo pode tornar-se referência no que toca à regeneração de osso, numa perspectiva aplicada à biomedicina. “Este trabalho tem uma aplicação bastante imediata, pois a metodologia e estandardização desenvolvidas contribuem para o estudo e identificação de moléculas com relevância para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas para doenças ósseas. De entre estas destaca-se a osteoporose, que é precisamente caraterizada pela perda de massa óssea, pelo que moléculas que tenham o efeito oposto são altamente importantes” – refere o investigador.
Poderemos imaginar que, embora num futuro ainda longínquo, sendo a barbatana do peixe zebra semelhante aos membros humanos, a possibilidade de regenerar membros começa a tornar-se uma ideia cada vez mais plausível.
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