ICES Working Group of Bycatch of Protected Species (WGBYC) meeting
O evento do Grupo de Trabalho de Captura Acidental de Espécies Protegidas do ICES (WGBYC) ocorreu entre os dias 5 e 8 de março na sala de seminários da reitoria na Universidade do Algarve.
A WGBYC analisa as ações dos Estados-Membros da UE ao abrigo do Regulamento (CE) n.º 812/2004, que estabelece obrigações em matéria de monitorização das pescas acessórias e de mitigação das pescas acessórias de cetáceos. Presta assessoria ao Comité Consultivo do ICES (ACOM), detalhando em que medida estas obrigações estão a ser cumpridas e sobre a forma como o monitoramento de pescas acessórias de espécies protegidas pode ser melhorado.
O WGBYC também analisa medidas relevantes de mitigação de pescas acessórias e ajuda a coordenar trabalhos experimentais relevantes. Mais recentemente, o grupo também se concentrou em como o monitoramento de espécies protegidas pode ser abordado no âmbito do Data Collection Framework (DCF). Portugal participa anualmente no encontro desde 2012.
Nesta reunião, em particular, foram debatidas questões relativas à monitorização de pesca acessória, estimativas, e trabalhos de mitigação relativos a interacções de espécies e pescarias protegidas, com o foco principal em cetáceos, aves marinhas e elasmobrânquios, no âmbito do Regulamento 812/2004. Enviados por cada estado membro. Os relatórios apresentados por cada Estado-Membro em 2018 com informações sobre as pescas acessórias de espécies protegidas e esquemas de monitorização referentes a 2017 foram analisados. O resultado da reunião será um relatório que estará disponível publicamente em junho de 2019. De Portugal não apenas o CCMAR esteve presente, mas também o IPMA-Olhão foi convidado a apresentar resultados num estudo de mitigação sobre o uso de pingers em redes fixas ao largo da costa de Quarteira.
Ana Marçalo, pesquisadora do CCMAR, é a participante portuguesa desde 2012 do encontro anual do WGBYC. No ano passado, Ana convidou o grupo em nome do CCMAR para realizar a reunião na Universidade do Algarve, Campus Gambelas, Faro, que foi aceite de imediato. Para o encontro deste ano, Jorge Gonçalves foi convidado a apresentar projetos realizados no Grupo de Conservação da Biodiversidade e Conservação, com o foco principal no projeto Mar2020-iNOVPESCA, que é co-coordenado por Jorge e Ana e estuda as interações dos cetáceos com pesca costeira na costa do Algarve, promovendo soluções de mitigação para reduzir o impacto das interacções, quer reduzindo a pesca acessória dos cetáceos, quer reduzindo as perdas económicas para os pescadores.
A reunião contou com 20 participantes de vários países da UE com experiência em cetáceos, aves marinhas e biologia e ecologia de peixes, representando as respectivas instituições (cerca de 16 instituições representadas).
A UAlg Mar2020 iNOVPESCA terá início nos ensaios de mitigação da Primavera de 2019 com alarmes acústicos em redes de emalhar e cercadores na costa algarvia e os resultados preliminares deste trabalho deverão ser apresentados na reunião do próximo ano (Wageningen, Holanda, 2020).