O projeto PESCARDATA2 pretende continuar o estudo integrado da atividade de pesca lúdica em Portugal (iniciado com o projeto PESCARDATA), considerando a vertente da pesca recreativa (apeada, embarcada e pesca submarina) e a da pesca desportiva.
Para atingir os seus objetivos, o projeto desenvolve-se em estreita colaboração com a DGRM, diversas instituições nacionais e internacionais de investigação científica da área e também associações e entidades ligadas à pesca em Portugal: FPAS, FPPDAM, EFSA, FPPD, APPSA.
Uma das principais questões que a pesca lúdica levanta é o desconhecimento desta atividade. Como tal, o projeto tem como finalidade recolher dados mais concretos que permitam descrever a pesca lúdica em Portugal continental, contribuindo para a tomada de decisão responsável e informada.
Numa primeira fase, o projeto vai fazer um levantamento da atividade junto dos pescadores lúdicos. Para isso, vai ser lançado um questionário online, o qual constituirá uma ferramenta pioneira para a obtenção de informação adicional sobre a atividade à escala nacional. O inquérito será divulgado pela Direção Geral de Recursos Naturais (DGRM) através de uma mensagem de telemóvel para todos os pescadores lúdicos licenciados, solicitando a sua participação. A finalidade do inquérito é caraterizar pescadores recreativos e conhecer diferentes aspetos da atividade de pesca, tais como: número de pescarias, experiência de pesca, modalidades praticadas, gastos, espécies-alvo, motivações para a prática da atividade, opiniões sobre a legislação em vigor, entre outros.
Numa segunda fase do projeto, será também disponibilizado na página web um diário de pesca interativo online. Este diário permitirá a todos os pescadores lúdicos participantes registarem e consultarem a sua atividade de pesca lúdica, numa página pessoal e intransmissível, obtendo estatísticas atualizadas e personalizadas dessa mesma atividade.
O projeto, da responsabilidade do CCMAR, compreende uma equipa multidisciplinar, com investigadores e técnicos de diferentes universidades e institutos, das áreas das pescas, biologia, economia, matemática e sociologia, da Direção Geral de Recursos Naturais (DGRM) e de federações e associações de pesca lúdica portuguesas.